Essa é a segunda alta anunciada este mês. No início de setembro, o governo já havia promovido um aumento de 12,2% no preço do botijão de 13 kg, alegando impactos da tempestade provocada pelo furacão Harvey.
O gás de cozinha para uso residencial sofreu um novo aumento nos preços – dessa vez de 6,9% – a partir da terça-feira (26). A decisão, anunciada pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp) da Petrobrás, dirigida por Pedro Parente, terá grande impacto no preço dos botijões de até 13 kg, ou seja, aqueles consumidos pelas famílias.
Esse é o segundo reajuste no preço do gás somente em setembro. No início do mês, o preço do botijão já havia sofrido alta de 12,2% – justificada pelos impactos das tempestades na principal região exportadora do produto, além “de uma situação de baixa oferta”.
O novo aumento, que deve ser repassado integralmente aos consumidores, terá impacto de cerca de R$ 1,55 a mais no preço do botijão, se forem mantidas as margens de distribuição e revenda, além das alíquotas dos tributos.
“Este reajuste repassa a variação de preços do mercado internacional apresentada ao longo de agosto conforme política anunciada pela companhia”, afirmou a Petrobrás em nota na segunda-feira (25).
Apesar das justificativas de que o gás no Brasil é comercializado a um preço muito abaixo da média internacional, as famílias costumam pagar, por um botijão de 13 kg, entre 60 e 75 reais – o que, para os mais pobres, significa um enorme desfalque no orçamento. Em uma situação de desemprego crescente e arrocho salarial, a decisão de elevar ainda mais o preço do botijão de gás é mais um golpe do governo contra os trabalhadores.