Alta acumulada de 62% durante governo Bolsonaro atingiu em cheio o orçamento das famílias de mais baixa renda
Após Bolsonaro prometer reduzir o preço do gás de cozinha a R$ 35 durante a campanha que o elegeu em 2018, o preço do botijão de janeiro de 2019 a outubro de 2022 aumentou 62% para o consumidor, passando de R$ 69,20 para R$ 112,13, na média acompanhada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Em alguns lugares do Brasil, no entanto, o botijão é vendido a R$ 160,00. Enquanto isso, o salário mínimo permaneceu sem ajuste real durante o mesmo período e a relação entre o poder aquisitivo do brasileiro e a compra do gás perdeu força.
De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em outubro deste ano, um salário-mínimo (R$ 1.212) é capaz de adquirir apenas 10,8 botijões de gás (GLP), abaixo das 12,2 unidades de 2021 ou dos 14,8 de 2020.
Nem mesmo a tentativa de Bolsonaro de conter os preços dos combustíveis às vésperas das eleições teve real efeito sobre o poder de compra da população, especialmente a mais pobre, diante da carestia dos alimentos e do elevado preço do botijão de gás. O GLP (gás de cozinha) teve reajuste de 9,9% no posto de revenda nos primeiros 10 meses de 2022 – um aumento também duas vezes maior que a inflação do ano por conta da política de paridade internacional, que mantém os preços dolarizados e dependente do mercado internacional.
“Com todo o esforço eleitoreiro de Bolsonaro para forçar a baixa nos preços de combustíveis, eles continuam muito mais altos do que no início deste governo. Com Bolsonaro, o preço dos combustíveis aumentou para o maior valor de toda a história. Podia ter diminuído antes, por que não fez? Foi só perto das eleições que ele começou a reduzir os preços, como estratégia de campanha”, diz o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
O mesmo ocorreu com o diesel, que aumentou em média 95% no país durante o governo Bolsonaro, impactando diretamente nos preços dos fretes e consequentemente, no preço dos alimentos. Atualmente, o salário mínimo tem capacidade de comprar 180 litros do óleo. Em 2021, era possível adquirir 241 litros; e em 2020, 305 litros.
CUIDADO LEITOR! Porque a notícia não revela que em 2006 um salário mínimo era suficiente apenas para compra de 10,6 botijões? Porque quer induzir o leitor ao erro, achando que o gás está mais caro no governo Bolsonaro do que no governo do ex-presidiário!
A notícia não revela isso porque a sua comparação é falsa. Logo, não existe o que noticiar, exceto que o gás se tornou, no governo Bolsonaro, inacessível à parte cada vez maior da população. Você acha mesmo que, com essa espécie de fakenews, vai convencer alguém que não consegue comprar gás – e usa lenha, álcool ou passa fome?