Submetida à política de atrelamento ao dólar que o governo e a direção da Petrobrás impõem ao país, a gasolina atingiu, na quinta-feira (30), o preço de R$ 2,1079 por litro nas refinarias, refletindo a mais recente especulação da moeda americana.
Desde 7 de abril, último registro disponível no site da petroleira, cujo valor do litro da gasolina era de R$ 1,6452, até esta quinta-feira, o aumento total do combustível é de 28,12%, enquanto o IPCA do período não vai, aproximadamente, além dos 2,5%.
O preço máximo atingido desde que a atual política de preços entrou em vigor, em junho do ano passado, foi registrado em maio deste ano, ou R$ 2,0867, durante os protestos dos caminhoneiros.
Esse aumentos descontrolados ocorrem justamente por conta dessa política implantada na Petrobrás por Parente, Meirelles, Temer e cia. que impuseram que o preço dos combustíveis fossem calculados exatamente com base nos preços dos concorrentes e nas variações cambiais.
Tomaram a trombada dos caminhoneiros, com amplo apoio da sociedade, e não se deram por satisfeitos. Fizeram um remendo nos preços do óleo diesel, sangrando com subsídios os já escassos recursos da saúde e da educação, para manter essa política de preços intocada, atendendo aos interesses do cartel das petroleiras.
O objetivo é beneficiar as importadoras e, se possível, impedir que a Petrobrás lhes faça concorrência, oferecendo a gasolina, por exemplo, a preços inferiores do que eles conseguem colocar no mercado interno.
Querem tomar o lugar da Petrobrás e além de lucrarem com a proteção que a atual política de preços lhes dá, tentam desmoralizar nossa empresa, enquanto o governo faz a sua parte com desinvestimentos e vendas de ativos, querendo preparar terreno para justificar sua privatização.
J.AMARO
Logo na primeira semana após a greve dos caminhoneiros, um litro fazia X km. Agora não mais, por quê?