O presidente da Petrobrás com sua política de preços de “paridade de importação”, na qual vincula o preço dos combustíveis vendidos no país ao praticado no mercado internacional, provocou uma disparada no preço da gasolina nos postos em todo o país. Só no mês de novembro, até o dia 15, foram sete aumentos no preço do combustível e, segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo), o preço nos postos de gasolina no país variava de R$ 3,199 a R$ 5,20.
A vinculação mencionada é diária, exceto nos finais de semana e feriados, e, nas declarações oficiais, estaria preservando o custo de reposição de estoques da companhia. Na tentativa de sustentar o insustentável, Parente afirmou que, entre 15 de outubro de 2016 e 31 de outubro de 2017, o aumento dos combustíveis foi de 1,4% e atingiu 22,1%, foi devido ao aumento de impostos. “A grande variação de preços que aconteceu não tem nenhuma ligação maior com a nova política e, sim, com o aumento de tributos do governo federal”, asseverou. Só que o governo aumentou o PIS/Cofins sobre os combustíveis há mais de quatro meses, mais precisamente em julho deste ano.
Além disso, ele apresenta outra justificativa inverídica, a de que os aumentos visam cobrir os custos da Petrobrás e o seu custo de produção. Só que esses custos são menores do que US$ 25,00 por barril em média, tanto para o pré-sal quanto para fora dele. A cotação atual no mercado internacional chegou a US$ 60 o barril de óleo não faz trinta dias. As multinacionais, por sua vez, continuam ganhando. Antes a Petrobrás comprava mais caro lá fora e vendia para as múltis a preço subsidiado aqui dentro. Agora, sem o subsídio da Petrobrás, elas vão importar de suas matrizes para vender aqui aos preços da nova política da Petrobrás.