O general Luiz Eduardo Rocha Paiva, integrante da Comissão de Anistia do governo federal, criticou a nomeação de Eduardo Bolsonaro para a Embaixada do Brasil em Washington, confirmada pelo pai, Jair Bolsonaro.
“A nomeação do filho para embaixador nos EUA é uma péssima ideia e uma irresponsabilidade política indesculpável para quem prometia um governo pautado, também, pela ética”, afirmou o general Rocha Paiva.
De acordo com o general, a decisão de Bolsonaro é um “suicídio de reputação”. “Existe um livro chamado Assassinato de Reputações, de Romeu Tuma Júnior. Vejo nessa atitude algo como um “suicídio de reputação”, disse, segundo coluna da revista Época.
No início do mês o general Rocha Paiva criticou outro filho de Bolsonaro, o Zero Dois, Carlos Bolsonaro, que atacou Augusto Heleno, chefe do Gabinete da Segurança Institucional (GSI). Carlos responsabilizou Heleno pelo caso do sargento preso na Espanha com 39 quilos de cocaína na mala.
“Por que acha que não ando com seguranças? Principalmente aqueles oferecidos pelo GSI? Sua grande maioria pode ser até homens bem-intencionados e acredito que seja, mas estão subordinados a algo que não acredito. Tenho gritado em vão há meses internamente e infelizmente sou ignorado”, disse o filho de Bolsonaro.
Por essa declaração, o general Rocha Paiva chamou Carlos de “pau-mandado de Olavo [de Carvalho]”. “Para mim, o filhinho dele [Bolsonaro] é um ‘idiota inútil’”, disse.