O general Santos Cruz afirmou em sua rede social que “a democracia necessita de atenção permanente, equilíbrio, decisão, coragem e lucidez”.
“As bravatas, oportunismos, desequilíbrios e infantilidades são perfeitamente identificadas e precisam ser repudiadas pela sociedade”, escreveu o militar.
Na segunda-feira (9), o filho de Jair Bolsonaro e vereador no Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSL), publicou em seu Twitter que “por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos… e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!”.
A fala do filho de Bolsonaro foi condenada por vários setores, desde os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), respectivamente, até o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.
O general Carlos Alberto dos Santos Cruz foi demitido por Bolsonaro, no dia 13 de junho, da Secretaria de Governo da Presidência da República.
Santos Cruz se tornou alvo de críticas e fake news dos filhos de Bolsonaro e do guru da Família, o ex-astrólogo Olavo de Carvalho, e seus discípulos.
Em abril, quando Bolsonaro censurou uma propaganda do Banco do Brasil e o titular da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fábio Wajngarten, indicado por Carlos Bolsonaro, anunciou que haveria censura prévia nas propagandas das estatais, o general Santos Cruz, a quem a Secom era subordinada, anulou a ordem, pois era ilegal, de acordo com a Lei das Estatais.
A partir daí, Bolsonaro, seus satélites e os filhos tentaram achincalhar com o general.
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