O general Carlos Alberto Santos Cruz afirmou que o governo deve se portar com “equilíbrio, práticas políticas honestas, transparência e resultados”.
“Governo eleito legitimamente não deve manter o perdedor diariamente na primeira página. Deve se consolidar com equilíbrio, práticas políticas honestas, transparência e resultados. Sem extremismo irracional e conflito permanente, como se tivesse sempre uma eleição na semana que vem”, disse em mensagem no Twitter, na terça-feira (12).
Na segunda-feira (11), Santos Cruz expressou sua “desilusão” com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que vetou a prisão após condenação do réu na segunda instância da Justiça. Como alternativa, ele defendeu que o “caminho é pressão permanente e organizada sobre o Legislativo e o Executivo, pois dependem de votos. Pressão constante com equilíbrio”. E ressalvou: “Sem fanatismo. Isso é democracia”.
Na semana passada, quando ainda repercutiam as declarações de Eduardo, filho de Bolsonaro, defendendo a aplicação de “um novo AI-5”, o general Santos Cruz fez uma postagem, também nas redes sociais, destacando que “não tem cabimento pensar na possibilidade de qualquer medida de exceção”.
De acordo com o ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, o “governo tem menos de um ano. Presidente, senadores e deputados eleitos democraticamente”. “Combate à corrupção e ao extremismo político é feito com governança, prática política, legislação e resultados de governo”.
O general foi demitido por Bolsonaro, no dia 13 de junho, da Secretaria de Governo da Presidência da República.
Santos Cruz se tornou alvo de críticas e fake news dos filhos de Bolsonaro e do guru da Família, o ex-astrólogo Olavo de Carvalho, e seus discípulos.
Em abril, quando Bolsonaro censurou uma propaganda do Banco do Brasil e o titular da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fábio Wajngarten, indicado por Carlos Bolsonaro, anunciou que haveria censura prévia nas propagandas das estatais, o general Santos Cruz, a quem a Secom era subordinada, anulou a ordem, pois era ilegal, de acordo com a Lei das Estatais.
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