As tropas de ocupação israelenses cometeram dois massacres direcionados contra famílias na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, resultando na morte de pelo menos 25 palestinos e o ferimento de outros 108, de acordo com fontes médicas.
Conforme o Ministério de Saúde Gaza, o número de palestinos que tiveram a vida ceifada pela agressão contínua praticado pelo terrorismo de Estado israelense desde 7 de outubro aumentou para 41.615. As autoridades informaram que mais de 96.359 pessoas foram feridas – as principais vítimas são mulheres e crianças – em explosões, que ainda resultaram em milhares de mutilados, e mais de 13 mil desaparecidos.
O porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal, disse que no no Norte de Gaza quatro palestinos foram mortos e vários outros ficaram feridos, incluindo mulheres e crianças, no bombardeio da escola Um Al Fahm em Beit Lahiya, que abriga centenas de pessoas deslocadas. Bassal informou que cinco pessoas também foram mortas em Jabalia em ataques a reuniões e casas de civis, incluindo as das famílias Abu Nasser e Samour. Na região central de Gaza, uma casa no campo de refugiados de Nuseirat deixou pelo menos um morto e vários feridos.
SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA IMPOSSIBILITADOS DE PRESTAR SOCORRO
Enquanto isso, os serviços de emergência ainda continuam impossibilitados de prestar socorro a milhares de vítimas e corpos presos sob os escombros ou espalhados à margem das estradas, já que o exército israelense continua a fazer dos paramédicos alvo de seus atiradores e a obstruir o movimento de ambulâncias e equipes da defesa civil.
“Às vésperas do aniversário de um ano do início do genocídio, eu continuo a me chocar com o flagrante desprezo de Israel pela saúde em Gaza e no restante dos territórios palestinos ocupados”, declarou Tlaleng Mofokeng, comissário especial da ONU para o Direito à Saúde. “Dr. Ziad Eldalou é terceiro médico a ter sua morte confirmada enquanto sob custódia israelense desde o 7 outubro de 2023”.
Eldalou era um médico residente no hospital Al Shifa Hospital, localizado na cidade de Gaza. Ele foi detido junto com outros trabalhadores da saúde enquanto trabalhavam no hospital em 18 de março de 2024, durante uma razia pelas forças de Israel e agora o serviço prisional israelense assume que o médico morreu.
O Dr. Eldalou é um dos mais 885 trabalhadores de saúde a encontrarem a morte em Gaza e na Cisjordânia desde o 7 de outubro. Isso inclui enfermeiras, paramédicos, médicos e outros trabalhadores da área. Muitos mais ficaram feridos. A Organização Mundial de Saúde reporta 1.043 ataques a postos, hospitais e centros de saúde na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Leste neste período de agressão.
Para continuar com seu banho de sangue, o regime de apartheid israelense conta com integral apoio político, financeiro e bélico dos Estados Unidos, que se mantém como fornecedor de armas estratégico para a devastação de Gaza e do Líbano.
Neste sábado (28), o presidente estadunidense, Joe Biden, qualificou o assassinato do secretário-geral do grupo libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de centenas de libaneses executados em alguns dias de bombardeio como “uma medida de justiça” movida por Israel.
“Deve-se notar que ainda há pessoas mortas sob os escombros, pessoas desaparecidas”, destacou o ministro da saúde do Líbano, Firass Abiad, no relatório divulgado recentemente.
A eliminação das milícias palestinas do Hamas em Gaza e do Hezbollah no Líbano representariam a primeira parte de uma caminhada rumo à construção do “Grande Israel”, como defende escancaradamente o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e fascistas que integram seu gabinete.