Mais de 17 mil mulheres e 11 mil crianças foram assassinadas nos bombardeios de Israel neste um ano de agressão genocida contra os palestinos na Faixa de Gaza
O Gabinete de Informação da Autoridade Nacional Palestina (ANP) em Gaza informou, no domingo (20), que desde o início da ocupação israelense de Gaza mais de 17.000 mulheres e 11.000 crianças foram mortas na região sitiada, afirmando que esses números estão certamente muito abaixo da realidade porque milhares de corpos estão embaixo dos escombros sem condições de serem recuperados.
O relatório observa que como resultado de ataques “indiscriminados e desproporcionais”, utilizando armas explosivas com efeitos de longo alcance em áreas densamente povoadas, e da negação de acesso humanitário, pelo menos um milhão de crianças foram deslocadas, 21.000 crianças são dadas como desaparecidas, 20.000 perderam um ou ambos os pais, 17.000 estão sozinhas ou separadas das suas famílias, e mais de 3.500 crianças correm risco de morte devido à falta de alimento.
A ANP declarou que 15 áreas vitais de Gaza foram destruídas e mais de 950 médicos e enfermeiros foram executados durante o último ano.
Alertou ainda que Israel procura implementar o seu plano para deslocar a população do norte da Faixa de Gaza, destruindo edifícios residenciais e as infra-estruturas na área.
GAZA É O INFERNO NA TERRA PARA AS CRIANÇAS
“Gaza é a verdadeira encarnação do inferno na Terra para um milhão de crianças que vivem lá, e a situação piora dia após dia”, frisou este sábado o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), James Elder.
Elder afirmou que, um ano após o genocídio israelense na Faixa de Gaza, os menores da região continuam a sofrer danos diários que “estão para além de qualquer descrição”.
Uma nova análise da organização de cooperação internacional Oxfam Intermón assinalou que o exército israelense matou mais mulheres e crianças em Gaza em um ano do que durante o mesmo período em qualquer outro conflito nas últimas duas décadas.
MATAM DELIBERADAMENTE CIVIS PALESTINOS
Depois de informar que as forças israelenses atacaram uma zona residencial em Bet Lahia, no norte de Gaza, com um artefato explosivo, a ANP alertou que os sionistas estão matando civis palestinos deliberadamente.
Denunciou também que as tropas israelenses têm como alvo toda a população em Jabalia, incluindo equipes da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA).
Os militares israelenses cortaram os serviços de comunicação e internet no norte de Gaza na sexta-feira (18), enquanto os ataques aéreos e de artilharia israelenses continuam a atingir várias áreas da região.
O Ministério da Saúde de Gaza informou no domingo (20) que pelo menos 42.603 pessoas foram mortas e 99.795 ficaram feridas em ataques israelenses desde 7 de outubro de 2023.