Durante julgamento de pedidos de políticos do PMDB, acusados junto com o presidente Michel Temer, para não serem processados na vara de primeira instância conduzida pelo juiz Sérgio Moro, Gilmar Mendes saiu em defesa dos corruptos e atacou o MPF e a Lava Jato. Disse que as investigações eram “um grande caos, uma grande bagunça. Serviço mal feito, apressado, corta e cola”. Com as contradições que foram aí apontadas, isso é vexaminoso para o tribunal, é ruim. E claro nós temos a06 obrigação de aqui definir minimamente, até para que essa confusão não prossiga. Para nos poupar de um vexame institucional”, afirmou Gilmar Mendes.
O ministro Luís Roberto Barroso não teve dúvida, desmoralizou Gilmar Mendes. “Eu gostaria de dizer que eu ouvi o áudio ‘Tem que manter isso aí viu’. Eu quero dizer que eu vi a fita, eu vi a mala de dinheiro, eu vi a corridinha na televisão. Eu li o depoimento de Youssef, eu li o depoimento de Funaro. Portanto nós vivemos uma tragédia brasileira, a tragédia da corrupção que se espalhou de alto a baixo sem cerimônia”, afirmou.
“Eu não acho que há investigação irresponsável, acho que há um país que se perdeu pelo caminho, naturalizou as coisas erradas e nós temos o dever de enfrentar isso e de fazer um novo país, de ensinar as novas gerações que vale ser honesto, sem punitivismo, sem vingadores mascarados. Mas também sem achar que ricos criminosos têm imunidade”, arrematou Barroso.
A presidente do STF, Cármen Lúcia também pediu a palavra para rebater Gilmar Mendes e afirmar que o STF não aceita a corrupção. “Acho que o STF, por nenhum de nós, não partilha de nenhum tipo de atitude ou de conivência ou nem de longe de querer que o Brasil seja um país de corrupção. E toda corrupção tem que ser punida porque é crime. E quando nos chega tem que ser investigada, apurada e punida nos termos da lei”, afirmou.
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