
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou os ataques pessoais que têm ocorrido nas redes sociais contra membros do Congresso Nacional, como o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) .
“Debate, divergência e disputa política fazem parte da democracia. Mas nada disso autoriza ataques pessoais e desqualificados nas redes sociais contra o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta, o que repudio”, escreveu a ministra em suas redes.
“Não é assim que vamos construir as saídas para o Brasil, dentre as quais se destaca a justiça tributária. O respeito às instituições e às pessoas é essencial na política e na vida”, completou.
O Congresso derrubou o decreto do presidente Lula que reajustava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), gerando uma crise na relação com o governo federal. O presidente Lula falou que houve descumprimento de um acordo e que o Congresso invadiu as prerrogativas do governo federal.
Em meio à repercussão da derrubada do decreto sobre o IOF e à campanha pela taxação dos “super ricos”, alguns perfis dirigiram ataques pessoais contra Hugo Motta e outros congressistas.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), declarou que “nossa luta não se dirige contra indivíduos, mas em favor de princípios e propostas”.
Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, condenou “qualquer tipo de agressão”, sustentando que os ataques “não vêm da parte do governo ou de partidos aliados”.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu, nesta sexta-feira (4), o decreto do governo federal e o do Congresso, que anulava o anterior, sobre o IOF e marcou uma reunião de conciliação entre as partes.
A reunião ocorrerá no dia 15 de julho, às 15h.
Foram convocados para participar representantes das Presidências da República, do Senado e da Câmara, da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Advocacia-Geral da União (AGU) e dos partidos que apresentaram recursos contra os decretos, o PSol e o PL.