A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), comparou a formação de uma federação partidária no Brasil ao papel progressista que exerce a Frente Ampla no Uruguai.
“A federação mudará a forma como nos relacionamos com as outras forças e deixará nítido um campo de esquerda e centro-esquerda e pode representar para nós o que a Frente Ampla representa no Uruguai”, declarou a presidenta do PT em entrevista ao programa Giro das 11 na quinta-feira (2), da TV 247.
Ela destacou que há conversações para a formação da federação partidária com o PSB, o PCdoB e também com o PSOL.
Para Gleisi, “uma federação partidária exige a busca contínua da unidade” e que, “com ela, poderemos aumentar em mais de 25% nossa bancada”.
Ele explicou que a federação “muda a lógica”, pois “as negociações acontecerão primeiro nesta frente ampla de centro esquerda” e depois dela com o centro e a centro direita.
A Frente Ampla uruguaia existe desde 1971, integrada por vários partidos e organizações da sociedade civil. Foi fundada em 5 de fevereiro de 1971 na tentativa de eleger Líber Seregni à presidência da República.
Com o golpe militar de 1973 foi colocada na ilegalidade e reprimida. A Frente Ampla elegeu Tabaré Vázquez em 2005, Pepe Mujica em 2010 e novamente Vázquez em 2015.
Em 2020, a direita venceu a eleição. Hoje, são 15 partidos e movimentos que compõem a frente. Entre eles, o Movimiento de Participación Popular, de Pepe Mujica, o Partido Socialista, o Partido Comunista, o Partido por la Victoria del Pueblo.
Com informações do portal 247