A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que os juros altos mantidos pelo Banco Central “estagnaram o crescimento no segundo semestre” e denunciou que Roberto Campos Neto quer “submeter o Brasil a uma ditadura monetária”.
A declaração de Gleisi ocorreu em resposta ao presidente do Banco Central (BC), Campos Neto, que disse estar disposto a negociar com o governo para ampliar a autonomia do BC.
“Governo Lula fez o PIB de 2023 crescer 3 vezes acima das previsões, mas os dados do IBGE demonstram que os juros exorbitantes derrubaram os investimentos e estagnaram o crescimento no segundo semestre”, escreveu em suas redes sociais.
“É uma política monetária que segue ameaçando o país”, continuou.
Gleisi reclamou que, mesmo diante do fracasso dessa política monetária, Roberto Campos Neto, indicado para a Presidência do Banco Central por Jair Bolsonaro, continua querendo “ainda mais autonomia para o BC”.
“Segue defendendo taxa de juros acima da realidade, contenção de crédito e ainda aponta os salários melhores como risco. Querem submeter o Brasil a uma ditadura monetária”, completou.
Desde 2023, Roberto Campos Neto só aceitou uma redução ainda muito tímida da taxa básica de juros (Selic), de 13,75% para 11,25%, ainda que a inflação estivesse totalmente sob controle.