
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, chamou de “indigna” a proposta do vice-procurador-geral da República (PGR), Hindemburgo Chateaubriand Filho, de conciliação entre ela e o deputado fascista Gustavo Gayer (PL-GO) que a comparou a uma prostituta.
“É indigno o vice-procurador que examina a queixa-crime apresentada por mim pedir uma audiência de conciliação com Gustavo Gayer”, escreveu.
“Não há conciliação possível com quem violentamente ofendeu a mim e minha família, com ataques misóginos, machistas, que alcançaram outras pessoas. Da Procuradoria Geral da República se espera o cumprimento da lei”, completou a ministra.
Gleisi Hoffmann apresentou à PGR uma denúncia-crime por conta de ataques feitos pelo deputado bolsonarista depois que ela foi indicada ministra das Relações Institucionais por Lula.
Nas redes sociais, Gustavo Gayer escreveu: “E aí, Lindbergh Farias [deputado e marido de Gleisi], vai mesmo aceitar o seu chefe oferecer sua esposa para o Hugo Motta e Alcolumbre como um cafetão oferece uma GP [garota de programa]?”.
Ele ainda insinuou que Gleisi, Lindbergh e Davi Alcolumbre (União-AP), que é presidente do Senado Federal, formariam um “trisal”.
Gleisi pediu a condenação e o pagamento de R$ 30 mil por danos morais por conta dos “ataques diversos e ofensas desarrazoadas, temperados com afirmações agressivas e lascivas” contra ela, tendo como objetivo “constranger e humilhar”.
O vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand Filho, em resposta à denúncia, disse que Gleisi deveria buscar a “tentativa de reconciliação” com Gayer.