
“Pelo massacre desumano em Gaza”, afirma ministra das Relações Institucionais. Ditador dos EUA quer a impunidade de outro golpista e ditador, Jair Bolsonaro
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que “se Trump quisesse mesmo punir os ataques aos direitos humanos, devia usar a Lei Magnitsky contra seu parceiro Netanyahu pelo massacre desumano em Gaza”.
A lei de sanções econômicas foi utilizada pelo ditador dos EUA, Donald Trump, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pela impunidade do outro ditador e defensor da tortura, Jair Bolsonaro, no processo por tentativa de golpe de Estado.
“Nenhum país tem o direito de agir como dono do mundo, mas se Trump quisesse mesmo punir o terrorismo, o genocídio e os ataques aos direitos humanos, devia usar a Lei Magnitsky contra seu parceiro Netanyahu, pelo massacre desumano em Gaza”, escreveu a ministra em suas redes sociais.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem liderado o massacre de palestinos na Faixa de Gaza. Pelo menos 60 mil pessoas foram mortas pelos bombardeios de Israel na região. O regime assassino de Israel também ataca a população palestina, principalmente crianças, com a fome, impedindo a entrada de alimentos e de ajuda humanitária.
Nos últimos meses, Israel tem assassinado palestinos que se reúnem em filas para conseguir alimentos.
Alegando ser contra violações aos direitos humanos, Donald Trump optou por sancionar o ministro Alexandre de Moraes por ser relator do processo em que Jair Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado.
Gleisi comentou que “o ministro Alexandre de Moraes é relator de uma ação penal contra Jair Bolsonaro, que tramou um golpe de Estado para implantar a ditadura. O STF atua rigorosamente no devido processo legal: os réus tiveram garantia do contraditório e direito de defesa, que entra agora na fase de alegações finais antes do julgamento”.
“É assim que funciona a Justiça, algo que nem Trump nem Bolsonaro querem aceitar, porque a extrema-direita não convive com a democracia”, completou a ministra do governo Lula.
Bolsonaro já declarou que o país só vai mudar se houver uma “guerra civil aqui dentro, e fazendo o trabalho que o regime militar não fez: matando uns 30 mil”. Além disso, ele afirmou que o notório torturador da ditadura instalada em 1964, Brilhante Ulstra, é “um herói nacional”.