O Instagram derrubou, pela 40ª vez, a conta do blogueiro golpista Allan dos Santos, que está foragido nos Estados Unidos, mas o criminoso encontra no Twitter (atual X) de Elon Musk um refúgio para continuar atacando a democracia.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o bloqueio das contas de Allan dos Santos.
Allan era parte do esquema de disseminação de fake news e ataques contra adversários políticos de Jair Bolsonaro, até mesmo membros do STF, e contra a democracia.
Ele continuou criando novas contas para burlar a decisão judicial. O Instagram continuou bloqueando.
Já o Twitter, do bilionário de extrema-direita Elon Musk, liberou as contas de Allan dos Santos e de seu site, Terça Livre, para o restante do mundo, mantendo somente o bloqueio no Brasil. O Terça Livre até recebeu o “selo dourado” de verificação.
Em seu perfil pessoal, Elon Musk incentivou seus seguidores brasileiros a baixarem aplicativos de VPN, que “camuflam” sua localização para que você consiga acessar sites bloqueados em seu país, como as contas de Allan.
Musk tem feito publicações atacando o Supremo Tribunal Federal e acusando o ministro Alexandre de Moraes de ser um “ditador”. O capo disse que não vai mais seguir decisões do STF para bloquear contas.
Allan dos Santos fez uma publicação defendendo o impeachment de Alexandre de Moraes.
Elon Musk também desbloqueou as contas de Luciano Hang, dono das lojas Havan e apoiador do golpe bolsonarista, e do blogueiro Paulo Figueiredo Filho, num grande desacato à Justiça brasileira.
A postura de afronta de Musk contra as leis brasileiras reacendeu o debate sobre a regulamentação das redes sociais. O Projeto de Lei de Combate às Fake News (PL 2.630/20) tramita na Câmara dos Deputados.
O texto cria regras de transparência para as redes sociais, proíbe a circulação de mensagens golpistas, racistas, nazistas e de crimes contra crianças e adolescentes, entre outros pontos.