A escalada da violência promovida por golpistas apoiadores de Bolsonaro, que não se conformam com a vitória do ex-presidente Lula nas eleições, já está sendo vista por autoridades que apuram os casos como terrorismo.
É o caso do ocorrido em Rondônia, na última sexta-feira (18), quando Bolsonaristas destruíram uma tubulação do reservatório da Companhia de Águas do município de Ariquemes (203 km de Porto Velho), deixando a população de seis bairros sem abastecimento de água.
O Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp) do Ministério Público de Rondônia (MP-RO) instaurou um procedimento de investigação criminal para apurar o caso e afirma que o ato pode ser tipificado como crime de dano, previsto no artigo 163 do Código Penal, qualificado no artigo III por se tratar de uma empresa de serviço público.
O MP afirmou ainda que a ação pode ser configurada como crime de terrorismo por se tratar de um ato que sabotou o funcionamento de um serviço público essencial à população de Ariquemes.
Os atos violentos que tomaram conta do país logo após o segundo turno das eleições, com manifestações antidemocráticas, agressões e vandalismo nas rodovias e em frente a quartéis, se intensificaram nos últimos dias.
Os três estados em que Bolsonaro teve as maiores votações, Mato Grosso, Santa Catarina e Rondônia, concentram a maior parte das ações golpistas, lideradas por homens encapuzados e armados. Nos atos, saques, uso de bombas caseiras e depredações de caminhões e ataques a agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a caminhoneiros tornaram-se constantes.
Autoridades que investigam os casos acreditam que a escalada da violência do último fim de semana pode ser represália à decisão do ministro Alexandre de Moraes, que bloqueou as contas de 43 apoiadores de Bolsonaro suspeitos de financiarem os terroristas.
Em Santa Catarina, a PRF desmobilizou 30 tentativas de bloqueio em rodovias federais, entre os dias 18 e 21, e afirmou que as ações são coordenadas com métodos e materiais utilizados assemelham-se aos de grupos terroristas.
Terrorismo tutelado isso tem que acabar ou vai virar guerra civil .