O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), fez duras críticas ao grupo do senador Fernando Bezerra Coelho e a Michel Temer, ambos do PMDB.
“Pernambuco tem que se indignar da forma que está sendo administrado o país, e com isso está sendo retaliado, mas não vamos descansar. Infelizmente o grupo comandado pelo senador Fernando Bezerra entende que o Brasil está muito bem governado, e acha que tem que continuar sendo governado da forma que o Governo Temer governa”, afirmou em entrevista concedida ao Blog ‘Ação Popular’.
Segundo o governador, o Estado passou a ser retaliado pelo governo federal depois que o grupo liderado por Fernando Bezerra rompeu com o governo. “Sobre a estrada de Afrânio à Dormentes, acabamos de concluir o projeto. Sabemos que demorou, estamos agora iniciando a licitação da obra, pretendemos iniciar nos próximo 90 dias. Fizemos uma solicitação de empréstimo ao governo federal, assinamos um contrato com a Caixa Econômica, mas as questões políticas tem travado tudo”, afirmou.
Ele criticou o senador, ressaltando o fato de Temer ser seu aliado. “Então, ele mudou de lado porque tem que mudar mesmo, se ele concorda com isso (governo Temer) tem que se juntar com esse povo. Vamos disputar uma eleição agora, vamos respeitar quem defende o Temer e quem defende (essa) forma do Brasil ser governado”, disse.
Paulo Câmara também criticou declarações de Fernando Bezerra sobre investimentos do governo estadual em Petrolina, no Sertão pernambucano, onde o senador tem seu reduto eleitoral e o filho Miguel Coelho (PSB) como prefeito.
“Eu sempre soube separar a questão política da administrativa, e vou continuar fazendo. A população de Petrolina sabe a quantidade de investimentos que foram realizados nos últimos anos, que não foi só apenas pelo meu governo, mas pelo de Eduardo Campos. Temos um contrato assinado com a prefeitura para a realização de investimentos, cumprimos todos os itens e hoje Petrolina tem uma condição tanto de abastecimento como de saneamento bem superior a todos os municípios pernambucanos. As reclamações de pessoas são pontuais, e nós vamos continuar dando atenção ao povo. Não vamos misturar questões eleitorais com administrativas, e este não é o meu perfil”, disse o governador.