Governador do Piauí defende que é “hora de dar os braços a Doria e a Eduardo Leite”

Governador do Piauí, Wellington Dias (PT). Foto: Divulgação

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), elogiou a atuação de João Doria (PSDB) no combate à pandemia e disse que “é hora de dar os braços ao João Doria, ao Eduardo Leite [governador do Rio Grande do Sul], independente de 2022”.

“É a hora de os líderes demonstrarem grandeza”, disse Wellington Dias.

Dias declarou que “não fosse a iniciativa do governo de São Paulo e do Instituto Butantan, 80% das pessoas que receberam vacina não estariam vacinadas hoje”.

Ele também se solidarizou com Doria por conta dos ataques que ele recebe de Jair Bolsonaro e seus seguidores. “Ele é um dos governadores que têm sofrido ataques sistemáticos do governo federal. Doria tem se esforçado para reduzir o número de óbitos”, disse.

Na reunião do Fórum dos Governadores, João Doria defendeu o nome de Wellington Dias para coordenar o grupo responsável pelas discussões em torno da vacinação.

Dentro do PT, Wellington Dias também foi escolhido para fazer o diálogo entre o partido e o PSDB, no intuito de somarem forças contra Jair Bolsonaro.

Além disso, o governador do Piauí está articulando para que os ex-presidentes Lula, Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso possam ajudar na busca de insumos e vacinas internacionalmente, uma vez que as Relações Exteriores do governo Bolsonaro mais atrapalham do que ajudam. A ideia é achar “um lugar para Lula na crise sanitária”.

Para Dias, “Lula é respeitadíssimo, assim como Fernando Henrique Cardoso e [Michel] Temer. Eles podem usar seus contatos internacionais. A OMS [Organização Mundial da Saúde] diz que o Brasil se tornou um risco mundial. Se o Brasil é um risco, precisamos ser socorridos”.

FHC declarou que está “aberto a conversar” com Lula. “É necessário”, disse.

“Na minha concepção, é preciso definir quem é o inimigo principal. Se é o Bolsonaro, como a gente ganha dele? E ganhar para fazer o quê? Essas são as duas questões postas”, continuou.

O presidente do PSDB de São Paulo e secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que “em tempos de crise sanitária e institucional com o governo Bolsonaro de tamanha gravidade, é fundamental que deixemos a política em segundo plano”.

“Não é momento de agressão, mas de trabalho conjunto”, avalia Vinholi.

Rui Costa (PT), governador da Bahia, afirmou que é “a favor de que a gente coloque o Brasil acima das nossas divergências políticas secundárias. Estamos tratando de um projeto de salvação nacional”.

“A lógica da disputa da eleição no Brasil será semelhante à dos Estados Unidos. É a democracia contra a barbárie e o ódio. A sociedade do bem vai prevalecer contra a lógica miliciana de condução do país”, enfatizou Costa.

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