“É uma boa hora para o governo federal oferecer também recursos financeiros aos governos estaduais”, afirmou o governador do Amapá, Waldez Goés
O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), cobrou do governo federal a liberação de recursos para o combate às queimadas na Amazônia.
“Nós não podemos aceitar é o governo federal entrar na questão atropelando as iniciativas estaduais e os mecanismos que nós experimentamos na Amazônia, muitos deles eficientes, mas às vezes carentes de recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos. É uma boa hora do governo federal também oferecer essas questões aos governos estaduais”, defendeu.
Waldez é líder do Fórum dos governadores da Amazônia Legal, reunidos no Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, formado pelos Estados do Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Rondônia, Acre e Tocantins, além de Mato Grosso e Maranhão.
A manifestação do governador aconteceu após o pronunciamento de Bolsonaro, na sexta-feira (23), em cadeia nacional, em que anunciou a “tendência” de enviar as Forças Armadas para combater as queimadas que atingem a Amazônia. O pronunciamento de Bolsonaro foi acompanhado por panelaços de protesto em várias cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Recife.
Bolsonaro declarou que as queimadas interessam aos governadores e às ONGs para culpá-lo. Segundo ele, “há governador que aproveita as queimadas para colocar a culpa no governo federal”. Os governadores da Amazônia repudiaram a declaração.
Os governadores da região estão discutindo, desde a sexta-feira, a forma de atuação dos militares, atendendo as necessidades de cada estado.
“Nós vamos discutir, é possível contar com o Exército Brasileiro ou com as Forças Armadas em que condições? Para que atividades?”, questionou o governador Waldez Góes.
O apoio das Forças Armadas é autorizado pelo presidente da República por meio de decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Geralmente ocorre de forma pontual, em localidade específica e por tempo pré-determinado.
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