Governadores e secretários cobram do governo federal restrições a viajantes vindos do Reino Unido

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Preocupados com o surgimento de uma mutação do novo coronavírus identificada no Reino Unido e outros países da Europa, governadores e secretários estaduais de Saúde querem que o Governo Federal adote medidas para impedir a propagação do vírus no Brasil.

Os governadores querem que o governo adote medidas de restrição total ou quarentena de no mínimo 7 dias a viajantes provenientes do Reino Unido como medida de precaução.

No dia 21, o governo anunciou algumas ações no sentido de evitar a propagação do vírus que parecem completamente inócuas e de “fachada”, como a limpeza e desinfecção de aeronaves, a solicitação de informações sobre os passageiros e tripulantes à empresa aérea e o acompanhamento do trânsito dos passageiros até a área de imigração orientando o distanciamento social e evitando a aglomeração.

Os governadores argumentam que, como medidas de precaução, diversos países já endureceram regras para viajantes que vêm do Reino Unido e que o próprio governo britânico decretou o lockdown em Londres e em outras cidades devido à nova mutação.

Representantes do Governo Federal afirmam, no entanto, que além das medidas citadas acima, e a exigência da apresentação de teste negativo de Covid-19 para a entrada no país, nenhuma outra medida deve ser tomada pelo governo.

Para os governadores, essas medidas não são suficientes e afirmam que a apresentação do teste negativo não é totalmente seguro.

“O próprio Reino Unido está em alerta máximo. E o governo do Brasil segue em sua habitual morosidade irresponsável. Se a nova cepa tivesse surgido no Brasil, já estaríamos sob severas medidas como outros países”, afirma o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Para o governador do Piauí, Wellingtan Dias (PT), “é prudente que o Brasil estabeleça regras de restrição ou, sendo possível, quarentena para voos e passageiros vindo do Reino Unido.”

“Ainda se sabe pouco sobre a mutação, e na dúvida, é a proteção da vida em primeiro lugar. Até que se tenha mais conhecimento”, afirma Dias.

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