Os governadores dos estados da Amazônia Legal emitiram uma nota reforçando seu “compromisso integral com o Desenvolvimento Sustentável” e cobrando do governo Bolsonaro “o combate e a punição das atividades ilegais” que causam desmatamento.
Eles responsabilizam o governo pela suspensão dos recursos do Fundo Amazônia pela Alemanha e Noruega (99% do dinheiro do fundo).
“O bloco amazônico lamenta que as posições do governo brasileiro tenham provocado a suspensão dos recursos. Nós, governadores da Amazônia Legal, somos defensores incondicionais do Fundo Amazônia”, diz a nota.
Os governadores garantem que “no âmbito de nossas atuações, estamos firmes e vigilantes no combate e punição aos que querem atuar fora da lei. Por isso, estamos cobrando o Governo Federal o combate e a punição das atividades ilegais”.
Bolsonaro já foi notificado da vontade dos governadores de conversarem diretamente tanto com a Alemanha quanto com a Noruega.
A nota foi divulgada pelo presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia e governador do Amapá Waldez Góes, no domingo (18). A Amazônia Legal é composta pelo Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Os governadores afirmam que são “radicalmente contra qualquer prática ilegal de atividades econômicas na região”.
Os dados recentes divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e por institutos como o Imazon indicam o aumento do desmatamento da Amazônia nos últimos meses. Jair Bolsonaro chegou a exonerar o presidente do Inpe, Ricardo Galvão e falar que os dados eram falsos.
Quando dispararam os dados de desmatamento e o governo anunciou que iria desviar os recursos do Fundo Amazônia para outros fins, a Alemanha e a Noruega e disseram que iam suspender a ajuda, o que acabou acontecendo.