
Famílias com renda de até 12 mil poderão adquirir imóveis de até R$ 500 mil
O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aprovou na terça-feira (15) proposta, do governo federal, para ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), agora para atender uma faixa da classe média, ou seja, famílias com renda mensal de até R$ 12 mil, para imóveis entre R$ 350 mil e R$ 500 mil. Antes o limite era de R$ 8 mil.
“Corrigimos os limites de renda, criamos o Minha Casa, Minha Vida – Classe Média e seguimos com o nosso compromisso de mostrar que este é um programa para todos”, afirmou o secretário executivo do Ministério das Cidades, Hailton Madureira.
A ampliação do programa será possível porque o governo direcionou R$ 15 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal que serão usados na Faixa 3 do programa, liberando a mesma quantia do FGTS para a nova linha de financiamento. Os recursos devem estar disponível na primeira quinzena de maio.
O ministério estima que, com a nova faixa, 120 mil famílias serão incluídas no programa. Os recursos do FGTS serão limitados ao financiamento de 50% do valor do imóvel, os valores restantes vão ficar por conta dos bancos que operarem a linha de crédito, entrando com outros até R$ 15 bilhões.
A nova linha de financiamento prevê prazos de até 420 meses (35 anos) e juros nominais de 10% ao ano, taxas abaixo das praticadas pelo mercado, ainda que elevadas, em especial para prazos tão longos. Os juros para os grupos de renda mais baixa do MCMV vão de 4% a 8,16%.
O Conselho do FGTS, na mesma reunião, ampliou os limites para as e demais faixas. A Faixa 1 atenderá famílias com renda até R$ 2.850, com subsídio de até 95% do imóvel; a Faixa 2, famílias com renda familiar de R$ 2.850,01 a R$ 4,7 mil, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos; Faixa 3: elevando o teto de renda de R$ 8 mil para R$ 8,6 mil mensais e permitindo a aquisição de imóveis de até R$ 350 mil, com juros entre 7,66% e 8,16% ao ano. A medida deve incluir, pelo menos, 15 mil novas famílias na faixa de renda ainda em 2025.
O Conselho também aprovou uma ampliação dos valores de imóveis que podem ser adquiridos pelo MCMV nas cidades com menos de 100 mil habitantes. O objetivo é incentivar a mudança de pessoas para as cidades do interior.