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“A riqueza mineira, agroindustrial e energética da região torna-se um pilar fundamental para o desenvolvimento nacional”, afirmou o presidente Luis Arce, anunciando que “o departamento será o pioneiro no uso do hidrogênio verde no país”
O governo boliviano anunciou no domingo (9) um “investimento histórico” em comemoração ao 244º aniversário do departamento (Estado) de Oruro, projetado como importante polo “produtivo e industrializado”, que será “o pioneiro no uso do hidrogênio verde no país” O presidente Luis Arce enfatizou que “a riqueza mineira, agroindustrial e energética da região se torna um pilar fundamental para o desenvolvimento nacional”.
“Estamos promovendo a implementação de projetos estratégicos que irão transformar a economia e gerar emprego digno para a população. É por isso que investimos mais de 322 milhões de pesos bolivianos (mais de R$ 270 milhões) na industrialização dos nossos recursos naturais, beneficiando oito municípios de Oruro e quatro territórios camponeses indígenas deste querido departamento”, assinalou.
Como departamento precursor, comemorou o presidente, “tenho o prazer de informar que, entre as gestões 2023 e 2024, avançamos nos estudos do Roteiro e Estratégia Nacional para a Produção e Uso de Hidrogênio Verde e de Baixa Emissão na Bolívia, onde foram realizadas cerca de 2.500 conversões para Gás Natural Veicular, desenvolvidas 14.000 instalações de gás doméstico e fornecidas cerca de 6.000 toneladas de Gás Natural Liquefeito às Estações Satélites de Regaseificação”.
No âmbito da política de universalização dos serviços básicos, o governo investirá mais de 260 milhões de bolivianos, aumentando a cobertura elétrica para 95%. “Em termos de obras de eletrificação, tenho o orgulho de anunciar que concluímos projetos importantes como a ‘Adaptação da segunda linha Pagador-Solar’, no município de Caracollo, e a construção do projecto ‘Bahia de Rebaje’, no município de Soracachi”, disse.
MOTOR DE DESENVOLVIMENTO DAS COMUNIDADES PRODUTORAS
Arce reiterou o compromisso com o desenvolvimento nacional durante a inauguração do projeto de expansão da Fábrica de Processamento de Laticínios de Challapata – que produzirá iogurte, leite ultrapasteurizado, sem lactose, aromatizado e desnatado para o mercado interno, mas com qualidade para exportação. “É um alimento não só nutritivo, mas também um motor de desenvolvimento das comunidades produtoras, tornando-se um recurso fundamental para a segurança alimentar e o comércio nacional e internacional”, sublinhou.
Entre os projetos prioritários para o governo está a Planta de Industrialização de Camelídeos – animais herbívoros de grandes dimensões como a lhama, o guanaco, a vicunha e a alpaca -, frisando que irá transformar sua carne em embutidos, cortes especiais e desidratados, produzir farinha de ossos para fertilizantes e rações, além de peles para artigos de couro de alto valor.
FIM DAS IMPORTAÇÕES, GERAÇÃO DE EMPREGOS E EXPORTAÇÃO
Conforme o presidente, o fim das importações ocorrerá pelo desenvolvimento de indústrias que agregam valor às matérias-primas, geração de empregos, maior competitividade e exportação. Produtos nacionais como a carne seca de lhama e a quinoa, apontou, são bastante procuradas no mercado externo pelo seu alto valor nutricional.
Entre as obras “bastante avançadas”, Arce citou o Centro de Produção de Forragem Verde Hidropônica em Santiago de Huayllamarca, mais de 90% concluído, o que melhorará a produção de camelídeos, ovinos e bovinos, e a “pronta entrega” da Planta de Industrialização de Cenoura, em Sorocachi. Devido ao potencial produtivo de Oruro, o governo também está construindo três fábricas de quinoa em Soracachi, Santuario de Quillacas e na província de Ladislao Cabrera, focadas na produção do “ouro da agricultura”.
“Apostar no agronegócio de Oruro implica uma diversificação da economia num departamento que tradicionalmente dependeu da mineração”, concluiu.