O ministro da Defesa, José Múcio, confirmou na quinta-feira (21) que a Áustria concluiu a compra de quatro aviões cargueiro militar C-390 Millenium, da Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A (Embraer), por US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões).
Segundo o ministro, a exportação de produtos da indústria de defesa já soma US$ 1,1 bilhão (R$ 5,4 bilhões) – 60% a mais do que em 2022.
A venda das aeronaves, que no Brasil ficaram conhecidas como KC-390 havia sido anunciada pela ministra da Defesa austríaca, Klaudia Tanner. Segundo ela, o país negocia também com a Holanda, que já havia anunciado a intenção de comprar o cargueiro, um potencial pedido em conjunto.
A aeronave da Embraer substituirá a frota austríaca de Hercules C-130, da Lockheed Martin, disse Tanner, acrescentando que o pedido deve ser feito no primeiro semestre do próximo ano.
O negócio com a Áustria aumentaria a carteira de pedidos da Embraer para a unidade de defesa, enquanto a empresa busca alcançar ainda mais países.
Além da encomenda da Força Aérea Brasileira de 19 aeronaves C-390, Portugal realizou pedido para cinco unidades e a Hungria fechou outras duas.
“A Embraer está nos ‘estágios finais’ das negociações com países ao redor do mundo para mais pedidos da aeronave, afirmou o presidente da unidade de defesa e segurança da empresa, Bosco da Costa Junior.
“Estamos com uma grande expectativa de terem mais operadores sendo informados e anunciados nos próximos meses nesse avião”, acrescentou ele.
Segundo o executivo, a República Tcheca, que participou de uma reunião de clientes do cargueiro em evento do setor no início deste ano, pode ser um dos próximos compradores.
“Todos os elementos são favoráveis ao KC390, no caso da República Tcheca, mas nós temos que respeitar o ‘timing’ deles”, ressaltou Costa Junior. Ele disse ter plena convicção de que vários outros países europeus também optarão pelo modelo em breve.
Coreia do Sul, Índia e Suécia são outros países vistos como potenciais compradores da aeronave. As ações da Embraer fecharam em alta de 2,1% na bolsa nesta quarta-feira, contra alta de 0,7% do Ibovespa.