
O governo de Jair Bolsonaro cortou 90% da verba destinada ao combate à violência contra a mulher e, com isso, programas poderão deixar de funcionar.
Em 2020, a verba para essas ações era de R$ 100,7 milhões. Já para 2021, Bolsonaro realizou um corte de 70%, deixando apenas R$ 30,6 milhões.
Culminou que em 2022 foram destinados apenas R$ 9,1 milhões para programas e mecanismos de defesa das mulheres, segundo o próprio Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. O ministério foi dirigido até este ano por Damares Alves, fervorosa aliada de Bolsonaro. Atualmente, Cristiane Britto é a ministra.
A falta de dinheiro afeta a Casa da Mulher Brasileira, os Centros de Atendimento às Mulheres, que ajudam com serviços de saúde e assistência as mulheres vítimas de violência doméstica, e campanhas de combate à violência contra a mulher.
Segundo o Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), o corte de verbas prejudica o acompanhamento que é oferecido às mulheres para que elas consigam ficar afastadas do agressor.
O corte também atinge a Central de Atendimento à Mulher, do serviço Ligue 180.
No Orçamento produzido pelo governo Bolsonaro para 2023, o dinheiro para o combate à violência contra a mulher totaliza R$ 17,2 milhões. Isso ainda representa uma diminuição de 83% em relação às verbas de 2020.
A proposta prevê a destinação de apenas R$ 3 milhões para o Central de Atendimento à Mulher, o que significa R$ 250 mil por mês para atender todas as mulheres brasileiras que forem vítimas de violência doméstica.
O canal precisa, no entanto, de R$ 30 milhões por ano para o seu pleno funcionamento.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que “no orçamento do genocida não cabe o combate à violência contra a mulher. A gente sabe bem o que cabe. Está indo tudo para o orçamento secreto. Só o voto pode reverter esta tragédia”.
Carmela Zigoni, assessora política do Inesc, acredita que “deveria ser investido mais recursos para que se reduza a violência e também para que as vítimas sejam atendidas. Essa política foi rapidamente desmontada nesse governo”.
Depois de toda uma carreira política agredindo e xingando mulheres, Jair Bolsonaro está tentando conquistar o voto feminino para as eleições. Bolsonaro tem usado sua esposa, Michelle Bolsonaro, para isso, mas ele próprio não consegue seguir o combinado.
Durante as eleições, já xingou e mentiu sobre a jornalista Vera Magalhães por uma pergunta que ela fez no debate da Band. Além disso, expôs a apresentadora Gabriela Prioli, que está grávida, para seus apoiadores, que passaram a atacá-la nas redes sociais.
Graças a Deus a verba foi cortada. Muito dinheiro sendo desviado e pouca ação. Eu quem precisei da polícia por sofrer essa violência, sai da delegacia da mulher pensando em suicídio pois suas ações só serve para pegar o dinheiro e desaparecer.
É difícil desviar dinheiro que não existe porque a verba foi cortada. Mas, se você foi mal atendida – ou não foi atendida – por que desejar que as outras mulheres, em situação semelhante, não sejam atendidas? Pois é isso o que significa apoiar o corte de verbas para o combate à violência contra a mulher.
Deve ser pq o índice de violência contra mulher diminuiu em 2021. Agora se subir em 2022, o valor gasto em 2023 precisa ser maior, como está na previsão.
Pelo contrário. O índice de violência doméstica aumentou em 2021, segundo documento do Senado. Entretanto, apesar disso, o governo cortou 90% das verbas para combate à violência contra a mulher.
Quais as medidas que ajudam?
– Um pedaço de papel chamada medida protetiva que não impede o cara de matar?
– Tirar o acusado de casa, deixando a mulher em um lugar que ele sabe onde é e pode encontrá-la?
Quantas mulheres morreram com dezenas de medidas protetivas feitas? Quantas morreram porque foram deixadas onde eles podiam encontrá-las?
As medidas da Maria da Penha servem mais para prejudicar inocentes do que salvar vítimas.
Brasil tem torneira demais aberta escorrendo dinheiro público. Misericórdia
Pelo visto, você acha que dinheiro aplicado no combate à violência contra a mulher é dinheiro desperdiçado. Já pensaste que isso equivale a ser a favor – ou, pelo menos, a ser insensível – aos sofrimentos domésticos das mulheres do nosso país?