O gás de cozinha teve uma nova alta de 8,9%. Preço do botijão dispara e afeta a renda do trabalhador e o desempregado
O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, autorizou mais um aumento no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) usado em botijões de até 13 kg, o chamado gás de cozinha, agora no percentual de 8,9% nas refinarias, que passou a vigorar na terça-feira (5). É o sexto aumento consecutivo do produto desde agosto.
Em nota, o sindicatos das distribuidoras já avisaram que vão repassar o preço aos consumidores e o aumento pode chegar a 9%.
Desde o início dos aumentos, a pretexto da “alta das cotações do produto nos mercados internacionais”, o reajuste acumulado no preço do gás vendido em botijões às famílias brasileiras chega a 67,8%.
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgou que o preço médio do botijão passou de R$ 55,74 em janeiro para R$ 65,64. Em muitas localidades atinge até R$ 80,00.
Segundo o IBGE, mais de 43 milhões de trabalhadores, de um total da mão de obra ativa de um pouco mais de 100 milhões, ganham, em média, R$ 730,00. Menos de um salário mínimo. Uma família com dois de seus membros recebendo essa mixaria, um único botijão de gás pode comprometer pelo menos 5% do seu orçamento mensal.
A Petrobrás tem condições de comercializar o gás de cozinha a preços inferiores e ainda com lucro. Essa seria uma postura correta para uma estatal voltada para os interesses nacionais e não essa que o Sr. Parente esta formatando no afã de privatizar e entregar para o cartel das petroleiras.