Em processo de privatização pelo governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) pretende promover uma demissão em massa de seus funcionários até 2025. De acordo com o processo de desligamento – PDI (Programa de Demissão Incentivada) –, iniciado a partir desta terça-feira (15).
O plano foi apresentado aos sindicatos que representam os trabalhadores do setor, com um cronograma dividido em quatro fases no qual os desligamentos, entre novembro deste ano até junho de 2025, devem acontecer. Segundo nota na empresa publicada no portal Diário do Transporte, não há meta de desligamentos.
Todos os setores da empresa serão afetados pelas demissões. Segundo o cronograma apresentado para as quatro fases: a primeira acontecerá entre os funcionários da operação responsáveis por estações e tração (maquinistas); a segunda fase atingirá a manutenção; a terceira cargos de nível técnico e superior de operação e manutenção; e a última etapa entre os funcionários administrativos.
A maioria destes profissionais são experientes, trabalhadores que em sua maioria, estão na empresa entre uma a mais de duas décadas, desde a criação da CPTM em 1992.
“Não podemos aceitar esse ataque”, afirmam, em nota compartilhada nas redes sociais, o Sindicato dos Metroviários de SP e da Federação Nacional dos Metroviários. “Em uma situação de crise econômica como a que estamos, os trabalhadores que aceitarem o acordo vão rapidamente perder todo o dinheiro e ficar no olho da rua. Devemos lembrar que existe uma crise generalizada de desemprego! A única solução é lutar para que se tenha mais concursos e para que seja colocado abaixo o projeto de privatização da CPTM!”, afirmam.