Paulo Guedes, o ministro da Econômia de Jair Bolsonaro, assumiu prometendo que o governo arrecadaria – apenas este ano – USD 20 bilhões (cerca de R$ 75,3 bilhões) privatizando empresas públicas e concedendo o patrimônio do Estado para a iniciativa privada. Para acelerar esse plano, já circula um memorando do Governo pedindo às agências reguladoras e aos respectivos ministérios informações sobre o que de patrimônio é liquidável, segundo informações do Estado de São Paulo.
A notícia corre em meio ao desastre de grandes proporções com a barragem do Complexo do Feijão em Brumadinho – fato que depõe contra a privatização de empresas e serviços públicos.
Operada pela Vale – privatizada em 1997 – o rompimento que causou ao menos 60 mortes e um imenso dano urbano, ambiental e social coloca em questão a busca obstinada pelo lucro – princípio da iniciativa privada – em detrimento do bem estar social e da preservação do meio ambiente.
O país hoje tem 135 estatais. Segundo declaração do ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, no início do ano e do mandato, o plano do governo é privatizar ou liquidar “em torno de 100 estatais”.
O objetivo de arrecadar cerca de U$ 20 bilhões fica bastante distante à medida que as subsidiárias das estatais (como as distribuidoras do grupo Eletrobrás), quando vendidas, distribuem recursos para o governo apenas por intermédio da arrecadação de impostos ou por dividendos. Por outro lado, a prática do governo tem sido leiloar as subsidiárias por um “valor simbólico” de R$ 30 a R$ 50 mil reais – ou seja, o preço de um carro usado – o que não contribui em nada para a melhoria dos serviços ou mesmo para salvar as contas do governo.
Eu sou a favor de abertura de capital para atrair investidores, é uma forma menos danosa ao País, na intenção de corrigir problemas que surgirão, tenho a “impressão” que as Privatizações além de satisfazer apenas os interesses da minoria mais rica, elas também colocam a população em situação de vulnerabilidade em termos gerais, visando só o enriquecimento de poucos as custas da subvida e até a morte de muitos, problema que já se repete, é só recordarmos o caso de Mariana. Privatizações a qualquer custo termina assim. “Triste e Abandonado Brasil”.