A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviada ao Congresso pelo governo, que prevê salário mínimo de R$ 1.294 em 2023, sem aumento real, foi sancionada por Bolsonaro na terça-feira (9).
Se o valor não for alterado, será mais um ano, no atual governo, que o salário mínimo não tem aumento acima da inflação.
A última vez que o salário teve aumento real foi em 2019, portanto, são quatro anos de arrocho em cima dos trabalhadores, em meio a uma das mais graves crises econômicas do país, com alta descontrolada da carestia e de itens básicos.
A proposta de Bolsonaro representa um aumento de R$ 82 em relação ao salário atual, ou seja, 6,8%, bem menos do que a previsão da inflação deste ano, que foi revisada pelo governo e passou de 7,9% para 7,2%.
O governo Bolsonaro é o primeiro, desde o Plano Real, a encerrar o mandato deixando o salário mínimo mais desvalorizado do que quando assumiu e o trabalhador com o menor poder de compra.
O salário mínimo oficial de 2023 só será conhecido no fim do ano porque é quando o governo faz o ajuste do chamado resíduo, isto é, das diferenças entre as previsões — que podem variar para cima ou para baixo — e a inflação, de fato.