Na última segunda-feira, 8 de outubro, o governo de Evo Morales recordou os 51 anos do assassinato do guerrilheiro cubano-argentino Ernesto Che Guevara homenageando seu “exemplo revolucionário”, de defesa da solidariedade, da justiça e de combate à burocracia.
“Não estamos aqui, jovens companheiros e companheiras, para recordar a norte do Che, mas para celebrar sua vida. O Che está mais vivo que nunca. Acreditamos que o comandante Guevara, seu pensamento, seu sacrifício, são parte de nosso processo histórico”, declarou o vice-ministro de Coordenação com os Movimentos Sociais, Arturo Alessandri, durante a homenagem realizada na Grande Casa do Povo, em La Paz. Passados 51 anos, destacou, os princípios revolucionários defendidos pelo Che continuam unindo os bolivianos, o que está expresso nesta comovente homenagem que “nos enche de esperança quando olhamos para o futuro”.
Para o vice-ministro do Emprego, Emilio Rodas, chegou o momento dos bolivianos aprofundarem a revolução, como assinavala o Che, porque ela não se faz nos escritórios, mas nas ruas, nos debates políticos. “A revolução não se faz nos bolsos, não se faz nos ministérios, ela se faz no território, na militância, nas escolas e na formação política. Temos que falar de política, de nacionalização, não podemos achar que tudo está pronto”, enfatizou.
Participaram do ato de homenagem o embaixador de Cuba, Benigno Pérez, representantes de organizações de direitos humanos, movimentos sociais, estudantes secundaristas e universitários, entre outras autoridades e ativistas.
Além de comandar, ao lado de Fidel Castro e Camilo Cienfuegos, a libertação de Cuba da sanguinária ditadura de Fulgêncio Batista, entre 1965 e 1967 esteve dirigindo pessoalmente a luta no Congo e na Bolívia. No país andino, foi capturado e executado clandestinamente pelo exército boliviano, sob as ordens da CIA.
No ano passado, durante as comemorações realizadas pelo governo boliviano em Vallegrande, em homenagem ao cinquentenário da queda em combate do guerrilheiro heroico, o presidente Evo Morales acampou com um saco de dormir em uma barraca junto aos milhares de participantes. “50 anos depois, a lenda de Che vive nos jovens, na luta inquestionável por igualdade e libertação”, declarou.