Dinheiro mesmo só para comprar deputados. O governo pretende suspender o pagamento do abono salarial, caso a criminosa reforma da Previdência não seja aprovada no Congresso. A declaração em tom de chantagem foi dada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmando que para o governo “é uma inevitabilidade que despesas deverão ser cortadas”.
O governo pretende suspender o pagamento do abono salarial, caso a criminosa reforma da Previdência não seja aprovada no Congresso. A declaração em tom de chantagem foi dada a jornalistas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “É uma inevitabilidade que despesas deverão ser cortadas”, disse.
“Não há dúvida de que, se por ventura não for aprovada a reforma da Previdência, outras medidas terão que ser tomadas”, declarou Meirelles, após evento promovido pela Câmara de Comércio Brasil-França, na quarta-feira (24), em São Paulo.
O benefício anual de até um salário mínimo pago pelo governo aos trabalhadores com carteira assinada que ganham até dois salários por mês, um total de apenas R$ 20 bilhões por ano para aqueles que recebem um salário que mal paga as necessidades mínimas do cidadão, não se compara ao que é transferido dos cofres públicos aos bancos, através do pagamento de juros. Só no mês de agosto deste ano foram desviados R$ 36 bilhões para os bancos e no acumulado do ano até agosto foram R$ 271,1 bilhões em juros.
A “inevitabilidade” do corte das despesas em nome do “ajuste” fiscal é desmascarada quando Temer, para se livrar de seus crimes de corrupção, compra deputados através de emendas para garantir votos a seu favor no Congresso Nacional. Assim como anistiou dívidas da bancada ruralista com a Previdência Social e beneficiou empresas com a renegociação de dívidas das empresas com a Receita Federal, através do Refis, ou na hora de liquidar estatais a preço de banana.
A extinção do programa começou a ser discutida pelo governo Dilma e agora volta à ordem do dia na gestão de Temer.
A agenda do “ajuste” voltou com tudo à pauta agora que o plenário da Câmara dos Deputados livrou Temer de responder às acusações por corrupção passiva e formação de quadrilha e, segundo Meirelles, uma decisão definitiva sobre a reforma da Previdência sai ainda esse ano, “pois é de interesse de todas as forças políticas que vão disputar as eleições em 2018”.
Para o ministro da JBS, “o país não pode conviver com a despesa pública enorme, o estado cada vez maior, pagando cada vez mais benefícios”. Benefícios só para os bancos e demais rentistas, de preferência estrangeiros, e aos parlamentares que votam em prol do desgoverno Temer.