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O governo Bolsonaro deu início nesta quarta-feira (22) ao processo de venda de ações da Petrobrás, que pertencem ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).
Em um documento enviado à Securities and Exchange Commission (SEC), o órgão regulador do mercado americano, a Petrobrás informou que o BNDES iniciou a oferta de 611,8 milhões de ações ordinárias (com direito a voto).
O BNDES é o segundo maior acionista da petroleira brasileira, o primeiro é a União. Considerando a participação total (papéis com e sem direito a voto), o BNDES detém 13,09% do capital da Petrobrás.
A diretoria do Banco (BNDES) irá entregar a carteira de ações da Petrobrás para o capital especulativo internacional numa “megaoferta”, cujo valor deverá ser precificado até 5 de fevereiro.
A oferta das ações será realizada em uma ação simultânea de venda nas bolsas de Nova York e São Paulo. Considerando o preço destas ações no dia 20 de janeiro (R$ 31,98), a oferta pode atingir cerca de R$ 19 bilhões, já descontadas as comissões.
Tanto no Brasil com em Wall Street, o banquete será servido pela instituições financeiras Credit Suisse Brasil, Bank of America Merrill Lynch, Banco Bradesco BBI, BB-Banco de Investimentos, Citigroup, Goldman Sachs do Brasil, Banco Morgan Stanley S.A. e XP Investimentos Corretora de Câmbio S.A.
O montante arrecadado com a liquidação das ações da petroleira não será revertido para a indústria e nem para o desenvolvimento da infraestrutura do país, mas sim destinado a bancos, através dos juros da dívida.
A venda das ações da Petrobrás é parte da estratégia de Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, de desmantelar o patrimônio do BNDES e de reduzir a participação da União na Petrobrás – para, logo em seguida, privatizar ambos.
Além de se desfazer de ações da Petrobrás, o governo tem realizado uma série de ações contra o patrimônio da companhia, através da venda de ativos, como campos de petróleo, refinarias e gasodutos.