O governo Temer e mais especificamente sua equipe econômica, com Meirelles à frente, retornaram neste mês de outubro, com a monocórdia cantiga, que já vem desde o governo Dilma, da abertura do capital da Caixa Econômica Federal.
Sob a alegação de que a CEF foi levada a fazer operações que se trouxeram prejuízos para o banco, em razão de demandas de governo, que se sabe, especialmente do PT, apresentam como alternativa abrir o capital da empresa com a colocação de ações na Bolsa de Valores e como decorrência disso incorporar “padrões de governança” que seriam exigidos para as empresas SAs.
Com esses recursos, defendem que os acionistas minoritários funcionariam como vigilantes impedindo que novas situações semelhantes voltassem a ocorrer e os padrões de governança manteriam o banco sem influências negativas.
Alegam também, que apesar da CEF atender atualmente, de forma adequada o índice que relaciona o capital próprio da instituição com volume de crédito concedido, poderá deixar de atendê-lo em 2019.
Qual será o padrão de governança que Meirelles quer para CEF? Possivelmente o mesmo que ele foi responsável, como presidente do Conselho de Administração da holding dos irmão Joesley e Wesly Batista, entre a presidência do Banco Central com o Lula e o ministério da Fazenda com o Temer.
Qual banco do sistema financeiro no Brasil que pode ter mais condições de garantir seus correntistas do que a Caixa ou já se esqueceram do PROER, no governo Fernando Henrique, que socorreu, em valores que atualizados chegam hoje na casa dos R$ 500,0 bilhões, para salvar bancos privados.
A verdade é que a Caixa responde sozinha por 70% do crédito imobiliário do país e é esse mercado que os bancos privados, especialmente estrangeiros, estão querendo abocanhar e precisam para isso desbancar a CEF.
J.A.