De janeiro a setembro, o governo transferiu aos bancos sob a forma de juros R$ 303,1 bilhões e, em 12 meses, R$ 415,1 bilhões. Apenas em um mês, setembro, foram R$ 32 bilhões. A economia, por sua vez, continua no fundo do poço.
Ao mesmo tempo em que hospitais fecham as portas, investimentos são cortados e o governo ameaça acabar com a Previdência – tudo em nome do controle de gastos – o setor público transferiu aos bancos sob a forma de juros R$ 303,1 bilhões no ano até setembro, segundo dados divulgados pelo Banco Central, na sexta-feira (27/10). Comparativamente ao mesmo período do ano anterior (quando R$ 295 bilhões haviam sido gastos com juros nominais), houve um aumento de R$ 8,1 bilhões.
Apenas em um mês, setembro, a transferência de recursos públicos para pagar juros alcançou R$ 32 bilhões. A economia, por sua vez, continua no fundo do poço, o desemprego continua crescendo e o setor produtivo padecendo por falta de investimentos e a derrubada da demanda.
Enquanto os parasitas do setor financeiro enchem os bolsos à custa do desenvolvimento do país, a política de “ajuste” dos governos Dilma e Temer atinge em cheio a saúde e a educação.
Neste ano, o contingenciamento anunciado em março pelo governo federal cortou R$ 3,6 bilhões de despesas diretas do Ministério da Educação (além de R$ 700 milhões em emendas parlamentares para área). Levando em conta o total previsto, o corte foi de 15% do orçamento para custeio e de 40% da verba para investimentos.
Apesar de não ter sofrido cortes em relação ao previsto, os gastos com Saúde do governo federal, de R$ 99,4 bilhões para 2017, nem se comparam ao que é entregue de bandeja ao setor rentista. No Rio de Janeiro, a crise financeira atinge hospitais federais, estaduais e municipais, que se não ainda não fecharam as portas, já estão sem insumos para os atendimentos mais básicos.
Em termos gerais, o orçamento do Ministério da Saúde equivale a 3,6% do PIB (ano base 2016). Enquanto isso, em doze meses, os gastos com juros alcançaram R$ 415,1 bilhões, 6,4% do PIB.
Não existem fiscalização ou normas para os leilões da dívida pública, Os dealers são os grandes bancos , governo?