Mesmo com a enorme crise de preços dos combustíveis no país, o governo insiste no leilão que vai entregar, a preço de banana, barris e barris de petróleo do pré-sal que pertencem à União.
Como o último pregão foi fracassado, a ideia é abrir a licitação para ofertas abaixo do preço de referência para “atrair” interesses.
O novo leilão está marcada para agosto e está sendo organizado pela pré-sal Petróleo SA (PPSA), pseudo-estatal criada por Lula para negociar na bacia das almas a parcela de óleo do pré-sal que pertence à União por força da lei de Partilha.
Serão entregues três lotes na Bacia de Santos, operados pela Petrobrás, com três milhões de barril no total. São os campos de Lula, Sapinhoá e Mero.
A intenção do governo é torrar essa imensa riqueza para arrecadar, no final das contas, apenas R$ 1 bilhão. Como os principais interessados são as companhias estrangeiras – como a Shell – trata-se de reforçar a política de enviar óleo para o exterior para depois importar gasolina e perpetuar a dependência das flutuações dos preços do exterior para abastecer o país.
Toda a produção dos campos de Lula e Sapinhoá pertencem à União porque estão sem contrato de concessão. Em Mero, a União detém 41,65% do óleo produzido em contrato de partilha com a Total.
Para incentivar as ofertas, a regra do leilão de maio que previa a escolha da companhia pelo maior ágio sobre o preço de referência se converteu em privilegiar quem oferecer o menor deságio em relação ao valor de referência.
TECNOLOGIA DA PETROBRÁS
A PPSA apenas negociou até agora o óleo do pré-sal que pertence à União com a Petrobrás. Uma das dificuldades enfrentadas para a venda do óleo do pré-sal para as companhias estrangeiras, segundo a direção da PPSA, é que a Petrobrás é a única que possui navios capazes de retirar petróleo das plataformas do pré-sal por conta de uma tecnologia de posicionamento dinâmico para transferência para grandes navios petroleiros. Segundo o governo, isso é um problema meramente “logístico” e explicaria a falta de concorrência.
Resultados de 2016 mostram que a União tem pelo menos 11,2 milhões de barris de petróleo do pré-sal, mas que agora começam a ser negociados para o grande cartel a preço de banana.