Em reunião com alguns assessores de candidatos à presidente da República, o economista Eduardo Guardia, preposto de Temer no Ministério da Fazenda, defendeu enfaticamente a privatização da Previdência. “A mensagem fundamental foi de que, na nossa visão, não há solução sem a reforma da Previdência. A que está no Congresso já foi aprovada nas comissões e basta votar em plenário para ser aprovada. Falei com o presidente Michel Temer e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que estão de acordo”, disse.
Sem a reforma, isto é, a privatização, “não tem conversa”, enfatizou Guardia.
Para ele, seria “um ganho extraordinário para o país” o trabalhador ficar com benefício abaixo do salário mínimo, aposentadoria à beira do túmulo e os banqueiros fazendo a farra com o dinheiro da Previdência, o segundo maior recurso do Orçamento, após juros e amortização da dívida pública – que beneficiam exatamente os bancos e demais parasitas dos recursos públicos.
“Sem a reforma, o teto do gasto não vai funcionar, o ajuste gradual não será possível, o fiscal não vai ser sustentável, a dívida não vai parar de crescer e nos vamos para uma situação de risco”, afirmou Guardia.
Nada mais falso. Nos últimos 12 anos, segundo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), a Seguridade Social – da qual faz parte a Previdência, pela Constituição Federal – teve um superávit de R$ 602,220 bilhões, o que representa uma média anual de R$ 50,200 bilhões.
A proposta de “reforma” da Previdência foi amplamente rejeitada pela população que, com manifestações no Congresso Nacional barraram qualquer tentativa de aprovação do projeto. O alerta continua.