Governo não cumpre promessa e caminhoneiros convocam greve a partir do dia 16

Greve dos caminhoneiros realizada em maio de 2018. Foto: Divulgação

Após 11 aumentos seguidos nos preços dos combustíveis e sem resposta do governo Bolsonaro para as reivindicações da categoria, os caminhoneiros decidiram paralisar suas atividades na próxima segunda feira (16) a partir das 6 horas.

De acordo com o líder dos caminhoneiros, Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Ijuí (RS) e vice-presidente da CGTB, o governo não cumpriu com a promessa feita à categoria de anunciar na quarta-feira, 11, a resolução do Código Identificador de Operações de Transporte (CIOT), mecanismo para evitar que empresas burlem a tabela mínima de frete.

Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Ijuí (RS) e vice-presidente da CGTB. Foto: Reprodução Youtube

“Novamente o governo nos jogou um balde de água fria no dia de hoje. Há muito tempo o governo vem prometendo a resolução do CIOT, mas, infelizmente isso não aconteceu.  Mais uma data que foi firmada pelo governo e não traduzida em resolução”, informou Litti.

Durante o Fórum Permanente de Transportes Rodoviários de Cargas (Fórum – TRC), realizado na última semana, o ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas “marcou para o dia 11 de dezembro para que a resolução do CIOT e a multa de R$ 5 mil – para aqueles que tentarem burlar o sistema ou não emitissem o CIOT – fosse colocada em prática. O que foi confirmado por sua assessoria após a reunião”, disse Litti.

Para a categoria isso seria a consolidação de uma antiga reivindicação, a efetiva implementação de um piso mínimo para o transporte de cargas a partir de uma fiscalização e punição aos que não cumprirem a regra. Essa também foi uma pauta importante da categoria na greve de maio de 2018.

Além disso, os caminhoneiros exigem a redução do preço do Diesel que, após 11 aumentos consecutivos, já é mais caro do que durante o período da greve do ano passado.

“O preço atual do diesel é pior que o da greve de maio de 2018, que à época custava algo em torno de R$ 2,86. Hoje está em torno de R$ 3,60, quando continuamos com os mesmos valores do frete. Em lugares mais distantes do país o preço do combustível está maior ainda”, denuncia o sindicalista.

A categoria exige ainda a redução nos preços do gás de cozinha e dos preços da gasolina que têm consumido uma parte cada vez maior do orçamento das famílias brasileiras.

“Portanto, minha gente, a luta produz esses decretos, essas resoluções. A luta faz a lei, como nós temos dito. Nós, trabalhadores do transporte rodoviário de carga, queremos a paz, parece que outros acostumados e treinados preferem a guerra. Não tem outra saída, a voz das ruas vai ter que falar nesse dia 16”, conclama Litti.

Compartilhe

Respostas de 2

  1. Tenta a sorte para ver se a população vai apoiar, eu particularmente acho que já começaram errado, entrando para a CUT, PT, se unindo a bandidos

    1. Leitor, desculpe o mau jeito, mas… Que facilidade de esquecer que os caminhoneiros, em peso, votaram em Bolsonaro, apenas há 12 meses atrás! Quer dizer que, agora, que Bolsonaro os traiu, viraram petistas??!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *