O empresário Sebastián Piñera foi eleito presidente do Chile no domingo (17) com 54,5% dos votos, derrotando o candidato governista de Michelle Bachelet, Alejandro Guillier, que obteve 45,4% dos votos. A derrota – que traz Piñera de volta ao poder – se deve ao estelionato eleitoral de Bachelet, eleita sob a promessa de por fim a privatização do ensino e previdência implementada por Pinochet, bem como pelas posições de seu candidato, que defendia, em essência, o mesmo programa pinochetista de Piñera.
Ao reconhecer o resultado, Guillier disse que “é preciso ser crítico”, porém a crítica a que se referia era apenas submissão a Piñera: “sofremos uma derrota dura”. Nada disse sobre sua debilidade a ponto de não conseguir absorver nnada das propostas da Frente Ampla, liderada pela candidata Beatriz Sánchez, que chegou em 3º no primeiro turno, com 20,3% dos votos.
Sánchez ratificara sua crítica em relação a Piñera propondo a Guillier a nacionalização de algumas empresas chilenas, o fim das administradoras privadas dos Fundos de Pensões, instalação de uma Assembleia Constituinte que coloque fim ao período pinochetista, o fim do Crédito com Aval do Estado (sistema responsável pelo fortalecimento da privatização do ensino superior), e a criação de um seguro único de saúde accessível e universal.
Guiller descartou as propostas da Frente Ampla e perdeu apoio decisivo.