Os correligionários de Temer à frente da Petrobrás e representantes da multinacional francesa Total selaram, na terça-feira (10), através de um memorando de entendimentos, uma “parceria” para o desenvolvimento conjunto de negócios nos segmentos de energia solar e energia eólica, em áreas terrestres da Petrobrás no Brasil.
A tal “parceria” entre as petroleiras é mais um movimento do governo Temer de desmantelar a Petrobrás, através da venda de seus ativos (refinarias, campos de petróleo no pré-sal, subsidiárias, etc.). A nova “parceria” entre as companhias poderá incluir leilões promovidos pelo governo federal para entregar à Total áreas terrestres da Petrobrás no Nordeste.
Em fevereiro do ano passado, o então presidente da Petrobrás, Pedro Parente, firmou uma “Aliança Estratégica” com a Total, dando continuidade ao processo de entrega de ativos da estatal à francesa, que teve início na criminosa privatização do Campo de Libra pela presidente Dilma. No leilão, realizado em outubro de 2013, Total e Shell levaram 40% de uma das maiores descobertas de petróleo no pré-sal.
Através da “Aliança Estratégica” com a Total, o governo Temer transferiu 35% da participação da Petrobrás na produção do pré-sal no Campo Lapa, onde a estatal detinha 45%. E entregou ainda 22,5% para a múlti na área denominada Iara (campos de Sururu, Berbigão e Oeste de Atapu), reduzindo a presença da Petrobrás para 42,5% no consórcio onde a Shell tem 25% e a Petrogal Brasil, 10%.
A negociação foi possível graças à aprovação no Senado, em 24 de janeiro de 2016, da lei proposta pelo tucano José Serra em conluio com o governo Dilma Rousseff, que retirou a Petrobrás de operadora única em todos os blocos de exploração do pré-sal, com a participação mínima de 30%.