O governo informou na quinta-feira, 2, que irá leiloar mais quatro distribuidoras da Eletrobrás, localizadas no norte do Brasil, do dia 30 de agosto. No final de julho, o governo entregou a Companhia Energética do Piauí (Cepisa) à multinacional Equatorial Energia por R$ 45,5 mil, sendo que a Eletrobrás, de 1997 a 2017, investiu R$ 2,3 bilhões na CEPISA.
Entretanto para seguir com o plano de desmonte do setor elétrico brasileiro, Temer terá que aprovar no Senado Federal um projeto de lei. O texto já passou pela Câmara dos Deputados, mas a votação na outra Casa ficou para depois do recesso parlamentar. Caso não emplaque a venda das distribuidoras – Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Boa Vista Energia em Roraima, Amazonas Distribuidora de Energia (Amazonas Energia) e outras, o governo Temer ameaça liquidar as distribuidoras, o que colocará em risco a continuidade do abastecimento de energia, além de provocar demissões em massa dos funcionários.
Outra distribuidora que está na mira do governo e a Ceal (Alagoas), porém a venda desta subsidiária da Eletrobrás está impedida por uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação foi ação movida pelo governo de Alagoas.
Os entreguistas do patrimônio nacional, no Palácio do Planalto, na Eletrobrás e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão aproveitando os últimos dias do mandato de Temer para entregar os ativos da Eletrobrás ao mercado (de preferência estrangeiro) a preços de banana. As quatro distribuidoras que serão leiloadas no final deste mês, estão à venda pelo preço simbólico de R$ de 50 mil.
A justificativa deste absurdo é que as empresas vencedoras terão que investir R$ 2,4 bilhões no futuro. De acordo com o Instituto Ilumina, com base em relatórios de administração da Eletrobrás, “de 2011 até 2017, apenas 7 anos, a Eletrobrás investiu R$ 8,4 bilhões, mais do que o triplo do comprometimento dos futuros compradores”.