O governo aprovou no Conselho de Administração da Eletrobrás, na última sexta-feira (23), a venda de participações da estatal em 70 empresas controladas pelas subsidiárias nas áreas de energia eólica e de transmissão de energia.
Em comunicado, a Eletrobrás informou que o objetivo é realizar a operação por meio de um leilão, previsto para ocorrer em sete de junho.
Essas 70 empresas que serão entregues a iniciativa privada, são Sociedades de Propósito Específico (SPEs) cuja atividade é bastante restrita, podendo em alguns casos ter prazo de existência determinado. As SPEs costumam ser utilizadas para grandes projetos de engenharia, como na construção de usinas hidroelétricas e redes de transmissão. O governo pretende vender a participação da Eletrobrás nas usinas de energia eólica e nas companhias de transmissão como a Amazônia-Eletronorte Transmissão S.A. e Brasnorte Transmissora de Energia S.A..
A venda da participação da estatal nessas SPEs é mais um passo para o desmonte completo da Eletrobrás. Segundo o entreguista Wilson Ferreira Junior, colocado por Temer na presidência da empresa, o objetivo é arrecadar R$ 4,6 bilhões com a entrega do patrimônio.
Essa não é a única medida tomada pelo governo para enfraquecer a Eletrobrás. No início do mês, esse mesmo conselho, que tem como sócio majoritário a União, aprovou a privatização das seis distribuidoras de energia administradas pela estatal e que ficam em estados do Norte e do Nordeste. O governo pretende fazer o leilão das distribuidoras ainda no primeiro semestre de 2018.