Alegando justificativa de segurança, a administração de Donald Trump estabeleceu na quinta-feira (8) novas taxas para a importação de aço e alumínio. A partir do próximo dia 23, os EUA cobrarão uma sobretaxa de 25% para o aço importado e de 10% para o alumínio. A medida não vale para a importação do Canadá e México, membros do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta).
Houve uma chiadeira geral, inclusive por parte do Brasil, segundo maior fornecedor de aço para os EUA, após o Canadá. Os ministros Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Marcos Jorge (Indústria, Comércio Exterior e Serviços) divulgaram nota conjunta afirmando que “As medidas causarão graves prejuízos às exportações brasileiras e terão significativo impacto negativo nos fluxos bilaterais de Comércio, amplamente favoráveis aos Estados Unidos nos últimos 10 anos, e nas relações comerciais e de investimentos entre os dois países”.
O problema não está no fato de os EUA protegerem sua economia. O real problema reside nos países, como é o caso do Brasil, que não protegem sua economia, em particular a indústria. Com a taxa de juros real na estratosfera, não há indústria que resista. Além de travar os investimentos, encarecem a produção interna e tornam baratos os produtos importados.
Assim é que com os juros reais siderais fizeram com que o comércio entre o Brasil e EUA se invertesse: o que nos era favorável anteriormente passou a ser positivo para eles. Além da desnacionalização/desindustrialização e a implantação da política de exportação baseada na venda de produtos primários.