
O governo brasileiro condenou “com veemência” o assassinato, cometido por Israel, de seis jornalistas do Al Jazeera na Faixa de Gaza e afirmou que o ato é “flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa”.
Israel já assassinou 240 jornalistas que cobriam a guerra e o genocídio na Faixa de Gaza.
Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo Lula conclama Israel a “assegurar aos jornalistas o direito de desempenhar livremente e em segurança seu trabalho em Gaza, bem como a levantar restrições vigentes à entrada de profissionais da imprensa internacional no território”.
No domingo (10), Israel bombardeou a tenda de imprensa ao lado do portão principal do Hospital Al Shifa, na cidade de Gaza. Foram mortos os jornalistas do Al Jazeera Anas Al Sharif e Mohammed Qreiqeh, o jornalista freelance Mohammad al-Khaldi e os operadores de câmera Ibrahim Zaher, Moamen Aliwa e Mohammed Noufal.
Todos eles atuavam registrando e divulgando os crimes cometidos por Israel contra a população na Faixa de Gaza. Desde outubro de 2023, Israel já assassinou aproximadamente 62 mil pessoas.
“O novo ato de flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa por parte das forças israelenses eleva para mais de 240 o número de jornalistas mortos em Gaza desde o início do conflito. A cifra é eloquente quanto às sucessivas violações cometidas no período contra profissionais de imprensa”, disse o governo Lula.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciou, em julho, o bloqueio de exportações de equipamentos militares para Israel e a adesão do Brasil à denúncia feita pela África do Sul de que Israel comete um genocídio contra a população palestina.