Os abrigos e cozinhas construídas em tendas estão lotadas ao receberem as dezenas de milhares de civis sírios que se retiram das cidades e aldeias que estavam ocupadas pelas hordas terroristas Al Nusra e mancomunadas.
Segundo as informações das forças sírias e das aliadas russas, já são 70 mil civis que se deslocaram através de corredores humanitários abertos e assegurados com o avanço das Forças Armadas da Síria.
Somente no domingo foram mais de 25 mil civis que saíram da zona ocupada e que começará a ser reconstruída depois da libertação total da região de Guta Leste, último bolsão terrorista vizinho a Damasco. Os terroristas romperam todas as negociações mediadas pela Rússia e Irã e passaram a atirar sobre áreas residenciais em Damasco, no mês de fevereiro, levando o exército sírio a avançar para afastar os agressores à capital.
Com o avanço sírio e a chegada dos milhares de civis às áreas controladas pelo governo, chega ao fim – para os que buscam abrigo e segurança – cinco anos de sofrimento com os militares sírios pr
ovendo abrigo, cuidados médicos, alimento e roupa de cama.
Moradores que não quiseram se identificar deram declarações a respeito desse sofrimento imposto pelos terroristas, coisa que foi olimpicamente ignorado pela mídia imperial e aquela que lhe é serviçal.
“Nós vivemos o último mês escondidos, como ratos. Ficamos, nossa família, em um único compartimento no porão. Não tínhamos coragem de sair dali nem mesmo por um segundo”, declarou uma mulher.
“Nós sofremos uma vida dura durante cinco anos. Eles nos tratavam de forma horrorosa, eles eram injustos com as pessoas, formaram tribunais. Executavam no dia seguinte a quem não se submetesse a seus desejos. Passamos fome e não tínhamos nenhum tipo de ajuda”, declarou um senhor que chegou a um dos abrigos.
O deslocamento dos moradores foi retardado pois estava muito perigoso para os moradores que estavam aprisionados na região e serviam de escudos humanos para evitar o avanço militar sírio. Franco-atiradores dos bandos alvejavam aqueles que tentavam se deslocar em direção a áreas sob domínio governamental sírio. Ainda no dia 17, uma menina foi atingida por um tiro quando fazia a travessia através de um corredor humanitário, partindo de Harasta. Segundo a agência de notícias síria, SANA, ela foi socorrida e levada a um hospital.
O governo sírio destaca que a ONU e outras organizações humanitárias, a exemplo da Cruz Vermelha Internacional e o Centro de Reconciliação Russo estão ajudando a prover o essencial para as necessidades urgentes dos que saíram do enclave montado pelos terroristas em Guta.
O coordenador da ONU para questões humanitárias na Síria, Ali Al-Za’tari, em entrevista repercutida pelo portal Russia Today, RT, declara que “A ONU e outras organizações humanitárias estão ativamente cooperando com o governo Sírio e o Centro de Reconciliação Russo para prover ajuda e assistência aos civis que deixam Guta e aos que ainda estão retidos na área de Guta Oriental”.
“Temos acompanhado o deslocamento de milhares de pessoas. Temos visto que o Crescente Vermelho Sírio (Cruz Vermelha da Síria) tem trabalhado duro para fornecer os serviços imediatamente”, acrescentou Zatari.