Com aval de Bolsonaro, gasolina acumula alta de 51% no ano, muito além da inflação oficial
Enquanto Bolsonaro segue fazendo demagogia com o preço dos combustíveis, culpando os governadores e revendedores, a direção a Petrobrás, com aval do governo, segue elevando o preço da gasolina nas refinarias. Segundo informou a Petrobrás, nesta quarta-feira (11), o preço médio do litro da gasolina vai subir de R$ 2,69 para R$ 2,78, uma alta de 3,3% a partir desta quinta-feira (12).
É o segundo aumento praticado pela gestão de Joaquim Silva e Luna, que assumiu a direção da Petrobrás depois que Bolsonaro, em mais uma encenação, questionou a alta no preço dos combustíveis diante da ameaça de nova greve dos caminhoneiros.
Hoje, o governo anunciou a publicação de uma medida provisória que permite que produtores e importadores vendam o etanol hidratado diretamente para os postos de combustíveis, sem intermediação das distribuidoras. O que não garante que o preço na bomba irá cair. Até por que, o aumento do preço na refinaria “acompanha a elevação nos patamares internacionais de preços”, segundo a nota da Petrobrás.
Para o consumidor, no acumulado em 12 meses o preço da gasolina acumula alta de 36,65%, disse o IBGE ao divulgar a inflação oficial de julho na terça-feira (10). No ano, o IPCA acumula alta de 4,76% e, nos últimos 12 meses, de 8,99%.
O combustível teve alta de 1,55% no mês passado, acumulando elevação de 27,51%, no ano, O reajuste da gasolina nas refinarias acumula alta de 51% no ano, menor do que o acumulado nas bombas. O diesel avançou cerca de 40%. Já o petróleo Brent acumula alta de cerca de 38%.