Governo tomará medidas para “proteger nossas empresas e nossos empregos”, diz ministro

Ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom - Agência Brasil)

“Se for necessário, medidas de reciprocidade serão adotadas para proteger a economia brasileira, o emprego do Brasil, e buscaremos acelerar e incrementar a relação com outros países que queiram dialogar”, afirmou Rui Costa

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo federal está discutindo medidas para “proteger nossas empresas e nossos empregos” das tarifas anunciadas por Donald Trump contra o Brasil.

Em entrevista concedida na terça-feira (29) à rádio Serra Dourada FM, Rui Costa falou que, “se for necessário, medidas de reciprocidade serão adotadas para proteger a economia brasileira, o emprego do Brasil, e buscaremos acelerar e incrementar a relação com outros países que queiram dialogar”.

“Já que eles não querem ter relação comercial com o Brasil, o Brasil também não precisa continuar comprando deles, pode comprar de outros países”, continuou.

Nesta quarta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou o decreto instalando taxas de 50% contra os produtos brasileiros, mas com isenção para cerca de 700 itens, como aeronaves, suco de laranja e petróleo.

Trump, na carta enviada a Lula no dia 11 de junho, prometeu “uma tarifa de 50% sobre todas e quaisquer exportações brasileiras”.

O governo brasileiro buscou conversar com os Estados Unidos, mas Trump não deu respostas ou sinais para negociação.

“Do nosso lado, como é uma posição unilateral até aqui deles, nós estamos dispostos a conversar, mas conversa precisa de dois interessados, ninguém conversa sozinho, só é conversa quando o outro está interessado em conversar, e até aqui eles não têm dado demonstrações firmes de interesse em conversar”, comentou o ministro.

Ainda na entrevista, Rui Costa defendeu a necessidade de regulamentar as redes sociais. O Congresso já discute o tema, mesmo com a tramitação de projetos paralisada, e o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela possibilidade de responsabilização de plataformas digitais por veiculação de conteúdo ilegal mesmo sem decisão judicial anterior.

“Não é possível que uma empresa ganhe dinheiro postando vídeo de prostituição infantil, de pedofilia, de crime organizado, de comércio de drogas, de calúnia, de agressão racial contra outras pessoas”, disse.

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