
O amigo dos filhos de Bolsonaro, Gustavo Montezano, torrou R$ 48 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em investigação de uma suposta “caixa-preta” do banco estatal, uma das cinco metas. anunciadas por ele quando assumiu a direção do banco público em julho do ano passado.
Durante a campanha, Bolsonaro prometeu abrir “caixa-preta” do BNDES “para revelar ao povo brasileiro o que foi feito com o dinheiro do banco nos últimos anos”.
Para isso, contratou o escritório estrangeiro Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP em Nova Iorque e outro no Rio de Janeiro. Em relatório de oito páginas, a auditoria concluiu que não foram encontradas irregularidades nas oito operações investigadas, entre os anos de 2005 a 2018.
Em dezembro, ao apresentar o plano trianual do banco, com o objetivo de reduzir o banco de fomento a serviçal das privatizações, Montezano afirmou ter cumprido a promessa de abrir a “caixa-preta”. “Hoje, entendemos que não há nada, nenhum evento a mais, que requer esclarecimentos. A sociedade está com informação de qualidade e substancial”, disse sobre sua “meta zero”.
Resta esclarecer qual o motivo que levou Montezano a contratar um escritório estrangeiro de advocacia e por R$ 48 milhões.
Nesta terça-feira (22), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) disse que vai solicitar informações sobre a legalidade do referido contrato.