Novo programa Gás Para Todos vai distribuir botijões de gás de cozinha para as famílias
O governo federal anunciou a expansão do programa Auxílio Gás com a previsão de atendimento de mais de 20 milhões de famílias em 2025 durante reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) Energética, com a presença do presidente Lula, na segunda-feira (26).
Em sua intervenção, o presidente Lula destacou a importância do Estado e criticou a privatização da Eletrobrás. “Esse negócio de destruir tudo que o Estado pode fazer, achando que o setor privado é melhor, é mentira. O setor privado tem de ser bom; e o Estado tem de ser bom. Eu não quero Estado máximo nem Estado mínimo. Eu quero um Estado que cumpre com a sua função de Estado. E a função de Estado é fazer sentir que todos possam participar das coisas que esse país consegue produzir”, disse o presidente.
Lula disse ter “sonhado” que a Eletrobrás conseguiria ser tão importante quanto a Petrobrás para o Brasil, e que foi “com muita tristeza” que, ao retornar à Presidência da República, se deparou com a forma como a estatal foi privatizada. “Na verdade, não a privatizaram. Cometeram um crime de lesa-pátria contra o povo brasileiro, entregando uma empresa dessa magnitude”, disse.
A ampliação do programa que dá acesso ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha. se ampara em um projeto de lei, assinado por Lula durante o encontro, que aumenta recursos para o Gás para Todos. A previsão é que o valor chegue a R$ 13,6 bilhões em 2026.
Atualmente, o vale gás beneficia cerca de 5,2 milhões de famílias fornecendo um auxílio no valor de R$ 102 para compra de um botijão de 13 kg bimestralmente.
“O governo federal vai fornecer o botijão de gás de cozinha para mais 20 milhões de famílias, até dezembro de 2025. Será o maior programa de acesso ao cozimento limpo do mundo: o gás para todos, gás popular”, declarou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
“Ainda convivemos, infelizmente, com a face perversa da pobreza energética, que afeta principalmente mulheres e crianças, com consequências devastadoras para a saúde. O uso da lenha para cozinhar ainda é causa de mortes prematuras. São famílias, em sua maioria, que vivem em locais afastados, como quilombolas e ribeirinhos. Essa proposta chega para nos ajudar a reverter esse quadro, combatendo a desigualdade social no país e levando mais dignidade e segurança para essas famílias”, apontou Silveira.
O número de beneficiados deve se equiparar ao número de famílias que atualmente recebe o Bolsa Família. E o botijão será adquirido diretamente das revendedoras.