O governo voltou atrás e decidiu aumentar o preço médio do diesel nas refinarias em 4,2%, e o da gasolina em 3,5% a partir desta quinta-feira (19). O anúncio foi feito através de nota divulgada pela Petrobrás.
Na segunda-feira, após o ataque com drones às instalações petrolíferas da Arábia Saudita, no sábado, que fez o preço do combustível disparar no mercado internacional, Bolsonaro disse, em entrevista à TV Record, que a Petrobrás não ia mexer no preço dos combustíveis no país.
“Conversei agora há pouco com o presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, e, como é algo atípico, ele não deve mexer no preço do combustível”, declarou.
Na segunda-feira, a estatal afirmou que manteria o preço dos combustíveis até que os valores do petróleo se acomodassem.
Para a Associação dos Engenheiros da Petrobrás, após a adoção da nova política de preços dos combustíveis, em outubro de 2016, “foram praticados preços mais altos que viabilizaram a importação por concorrentes”.
“A estatal perdeu mercado e a ociosidade de suas refinarias chegou a um quarto da capacidade instalada. A exportação de petróleo cru disparou, enquanto a importação de derivados bateu recordes. A importação de diesel se multiplicou por 1,8 desde 2015, dos EUA por 3,6. O diesel importado dos EUA que em 2015 respondia por 41% do total, em 2017 superou 80% do total importado pelo Brasil”, afirma a entidade.
“Ganharam os produtores norte-americanos, os “traders” multinacionais, os importadores e distribuidores de capital privado no Brasil. Perderam os consumidores brasileiros, a Petrobrás, a União e os estados federados com os impactos recessivos e na arrecadação. Batizamos essa política de “America first! ”, “Os Estados Unidos primeiro!”.